“Como valores, todas as mercadorias são apenas medidas de tempo de trabalho realizado”.
O Capital, Karl Marx
Para todo o país eremita como a Coreia do Norte, o Estado sempre se coloca no lugar das associações civis e sufoca a iniciativa individual.
Mas o cruel é que a teoria marxista de valor ignora totalmente o fator do lado da demanda.
Para o marxismo o valor é sempre o tempo gasto por um trabalhador para produzir um determinado bem.
Esta ideologia não leva em conta que o fato do trabalho árduo ter sido empreendido não é garantia de que o resultado terá valor pela ótica do consumidor.
Uma fábrica de gelo construída no Alaska teria o mesmo valor que uma fábrica de gelo construída no mesmo tempo e pela mesma quantidade de trabalho no deserto do Saara.
E como patrão único da sociedade, o Estado se arvora como o único gerador de empregos e determina o que cada cidadão deve fazer.
Como estes trabalhadores que retiram neve de uma estrada com uma pá.
Se a criação de empregos pelo Estado significasse um país ótimo, a Coréia do Norte seria um estrondoso sucesso.
Na verdade, você não faz um grande país decidindo o que seus moradores irão produzir e de quem eles vão comprar o que, isto é, criando empregos que produzem bens menos valiosos.
É fácil criar empregos, como não ter uma maquina e decidir que a retirada da neve deve ser manual. Mas isto está criando riqueza?
O progresso econômico não é a simples geração de empregos, mas entender que o trabalho cada vez mais deve mudar para funções menos penosas.
Pior do que isto, quando o Estado decide o tipo de trabalho, pela falta de conhecimento adequado para uma imensa gama de tarefas, ele paralisa o crescimento, inibe a inovação e não promove a redução da pobreza.
Nosso maior desafio é descobrir onde estarão os empregos no futuro.
No caso da Coreia do Norte o Estado é incapaz de enfrentar este desafio e acaba condenando toda uma geração a serem eternos trabalhadores braçais.