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A história de Roddie Edmonds

Durante a nossa vida temos a oportunidade de conhecer pessoas diferenciadas. Por vezes não lembramos dos esforços geniais destes indivíduos excepcionais.

Em dezembro de 1944, começava a Batalha do Bulge, ou Batalha das Ardenas.

O confronto foi uma grande contraofensiva alemã. Como foi uma operação planejada em segredo, o Exercito Alemão enganou a inteligência dos Aliados, que foram incapazes de antecipar esta ofensiva gigantesca em termos de movimentação de tropas alemãs.

Já os americanos, eles lutaram com 840 mil soldados, sofrendo 89 mil baixas, incluindo 19 mil homens mortos, o que fez deste episódio a mais sangrenta batalha da Segunda Guerra Mundial. Foi neste cenário que o sargento Roddie Edmonds e seus homens foram capturados pelos alemães.

No primeiro dia eles foram forçados a assistir os guardas nazistas matarem brutalmente um jovem soldado russo com ataques de cães – um aviso para quem tentasse desobedecer às ordens.  Todos entenderam – não haveria piedade.

Neste momento, os alemães anunciaram pelos alto-falantes que, na manhã seguinte, apenas os prisioneiros judeus deveriam fazer fila para serem contados. Havia vários soldados judeus entre os prisioneiros americanos, que então tiveram a certeza de que estavam marcados para morrer.

É aqui que quero contar o que vi e ouvi de Chris Edmonds, filho de Roddie, como a Bíblia ensina em Jó 15:17   “…o que tenho visto te contarei”

Ao ouvir o anúncio, o sargento Edmonds tomou uma decisão. 

“Não faremos isto”, e na fria manhã do dia marcado todos os 1.275 prisioneiros de guerra americanos – judeus e não judeus – sob o seu comando, estavam perfilados no pátio congelado do campo, aguardando inspeção com os dentes batendo. 

Os guardas alemães não podiam acreditar no que viam. Vários prisioneiros testemunharam o olhar lívido do comandante enquanto ele gritava no rosto de Roddie: 

“Vocês não podem ser todos judeus!”

Sem vacilar, o sargento Roddie, de 26 anos, olhou calmamente para o oficial nazista enfurecido e respondeu: “Somos todos judeus aqui”. Descontrolado, o nazista pegou sua pistola e a pressionou firmemente na cabeça de Roddie. “Você ordenará que os judeus dêem um passo à frente, ou eu matarei você agora.”

O tempo parou.

Olhando nos olhos de seu inimigo, Roddie respondeu calmamente: 

“Major, você pode atirar em mim, mas terá que matar todos nós. Porque sabemos quem você é, e você será acusado de crimes de guerra quando vencermos esta guerra. E você vai pagar por isto. “

Todos esperaram, congelados, enquanto o comandante alemão, tremendo de raiva – e medo – abaixou a arma e se afastou. Todos os 1.275 prisioneiros americanos retornaram ilesos ao quartel. A guerra terminou, todos foram libertados e Roddie nunca comentou sobre aquele episódio.

Somente em 2013 Chris descobriu o heroísmo silencioso de seu pai. Em 2015 Roddie foi reconhecido por Yad Vashem como um dos justos gentios entre as nações e o primeiro soldado americano a receber essa designação, além de uma homenagem pelo presidente Obama.

Quando perguntei a Chris o que tinha levado o seu pai a este ato de coragem, ele me disse que Roddie salvou judeus porque sabia que um judeu, Jesus Cristo, o salvou. É um extraordinário senso de responsabilidade com seus semelhantes.

Hoje, Chris é um pastor, que como o pai, também salva pessoas. Ambos, pai e filho são vigorosos sermões de vida que impactam a todos. Muito mais, são cristãos que fizeram e fazem diferença.

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