“Vá à Bolsa de Valores de Londres … e você verá que os representantes de todas as nações se reúnem ali para tratar dos seus interesses. Ali, judeus, muçulmanos e cristãos lidam uns com os outros como se fossem todos da mesma fé…”
Voltaire
Há tempos o Wall Street Journal publicou um artigo sobre alunos do ensino médio em Citronelle, Alabama, usando o Wi-Fi em restaurantes do McDonald’s porque não tinham conectividade com a Internet em casa.
Este é um belo exemplo de como o mercado beneficia pessoas.
Diretamente, quando o McDonald’s fornece seus lanches, mas de forma indireta quando, motivado pelos seus próprios interesses em agradar seus clientes, o mesmo restaurante oferece uma ferramenta útil para estas famílias de baixa renda, que de forma criativa, educam melhor seus filhos.
Interessante lembrar que desde 2010 o McDonald’s tornou gratuito a internet mesmo para quem não comprava comida.
O gerente de uma das lojas em Pinconning, uma cidadela de 1.300 habitantes, disse que pode dizer quando os exames estão chegando pela quantidade de crianças reunidas em seu restaurante usando seus laptops.
Este episódio ajuda a explicar melhor o que é o “mercado”, uma palavra pouco compreendida pelos brasileiros.
Imaginado por muitos como um sistema egoísta e que apenas beneficia ricos, na realidade, o mercado não exige que as pessoas sejam boas ou caridosas, mas ele entende as pessoas como elas são e as induz a fazer o bem, usando suas capacidades para fornecer o que os outros querem.
Este é dos mais belos aspectos de uma verdadeira economia de mercado: ela é capaz de domar as pessoas mais egoístas, ambiciosas e talentosas da sociedade, fazendo com que seja do interesse financeiro delas se preocuparem dia e noite com novas maneiras de agradar terceiros.
Os empreendedores conduzem a economia de mercado, mas a livre concorrência entre eles é o que os mantém honestos.
Na linha desta reportagem acima, o McDonald’s possui 12.000 locais equipados com Wi-Fi nos EUA e a Starbucks possui outros 7.000. Juntos, apenas estas duas redes possuem mais do que as cerca de 15.000 bibliotecas públicas habilitadas para Wi-Fi no país, que, diferente dos restaurantes, fecham a noite.
Felizmente a maioria dos políticos não têm a menor idéia de como o mercado funciona… e é precisamente por isso que ele funciona.