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Aniversário de Winston Churchill

O Poder das Palavras.

Eu tenho um débito comigo mesmo e hoje estou pagando-o com esta reflexão. Nunca entendi porque o presidente Obama retirou o busto de Winston Churchill da Casa Branca.

Churchill foi um estadista sem igual que liderou uma Grã-Bretanha ofegante e sem ar enquanto os dedos de Hitler apertavam sua garganta em torno de seu pescoço. Mais do que isto, foi um homem de visão além de seu tempo.

Em 1939 ele publica “Os gêmeos terríveis” em uma revista algumas horas antes de ser oficialmente deflagrada o que seria chamada depois de II Guerra Mundial. Era um vigoroso alerta sobre os irmãos siameses socialismo e nazismo. Dizia que ambos eram: 

“Um ataque aos pilares mais antigos e duradouros da sociedade ocidental, como os ensinamentos dos Dez Mandamentos. Ambos estão prontos para destruir toda a história e tradição que repousa sob a marcha da humanidade. Ambos ansiavam repudiar a revelação cristã, ambos exaltam a corrosão dos padrões da sociedade.”

Agora, explico o meu débito. Tive a oportunidade de visitar as praias da Normandia, ponto de desembarque das tropas aliadas para a tentativa de liberação da Europa. Lá, ao lado da estátua de um soldado li o seguinte compromisso:

Quando você retornar para a sua casa, fale sobre nós e diga: “Para o seu amanhã, nós demos o nosso hoje”.

Lembrei de minha dívida quando fui assistir com minha família “O Destino de uma Nação” (melhor o original  Darkest Hour – A Hora mais Escura). Para melhor entender o contexto do filme, Churchill foi convidado a se tornar Primeiro Ministro no mesmo dia em que Hitler invadiu a França, a Bélgica e a Holanda. Os exércitos das três democracias – maiores do que as forças invasoras da Alemanha – entraram em colapso dentro de alguns dias.

Para piorar, mais de um terço do Exército Britânico estava encurralado em uma França condenada, mas que depois foram salvos milagrosamente pela decisão ousada de Churchill de arriscar-se a evacuá-los pelo mar de Dunkirk. Mas pior do que tudo isto, o maior problema de Churchill era confrontar a realidade  que, com a conquista alemã da Europa, o Império Britânico agora não tinha aliados. A União Soviética tinha se juntado à Alemanha de Hitler sob seu infame pacto de não agressão de agosto de 1939.

Para completar, a Grã Bretanha foi enganada e humilhada. Chamberlain, o “isentão” da época e antecessor de Churchill tinha garantindo que não haveria guerra pelo tratado que ele assinou. Veja o vídeo do momento em que ele desembarca vindo da Alemanha.

Foi neste contexto que Churchill disparou que “entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e terão a guerra”. Assumindo, todo o novo Gabinete de Guerra de Churchill queria a paz. Mas ele se torna uma voz solitária, um homem desafiador diante da investida de um exército inimigo, reunindo sua nação com o que ele tem de melhor, sua força de vontade e palavras.

É aqui que Darkest Hour faz justiça a um desses discursos. É uma cena emocionante e magnífica em que Churchill desperta a nação com um pronunciamento de 34 minutos, depois chamado “o discurso de mil anos”. É a entrega um dos grandes discursos do século 20 – e, sem dúvida, o discurso mais relevante para o nosso tempo. 

Com frequência esquecemos, no conforto da civilização, que inimigos mortais da liberdade, como o nazismo, o socialismo, o fascismo, a escravidão e o militarismo japonês, foram todos derrotados graças ao enfrentamento direto. Não foi a diplomacia escorregadia ou a conversa politicamente correta que impediram o avanço desses regimes tirânicos.

Como critico de cinema de Gastão Vidigal (explicando, é onde eu nasci) o Oscar de melhor ator deve ser assinado, selado e entregue a Gary Oldman agora mesmo.

Assista Darkest Hour e conheça um pouco de Winston Leonard Spencer Churchill. Mesmo após o termino da Guerra, ele alertou para o inexorável avanço do império socialista resumindo o mapa ideológico e geopolítico do mundo.

Churchill sabia mais e melhor, ele viu que a luta entre liberdade e tirania continuaria após a queda da Alemanha nazista e do Japão imperial – porque essa luta é perpétua e sem fim. Hoje, 70 anos depois, a resposta a essa questão ainda é importante. 

Nos últimos anos, o Brasil tem cambaleado entre a liberdade e o cabresto da dependência estatal. Não podemos escolher o retiro, mas temos que fazer a escolha certa. A escolha da liberdade do indivíduo e não a opção do jugo socialista das últimas gestões. Darkest Hour é uma boa reflexão para isto.

Afinal, Sir Winston Churchill não é apenas um Premio Nobel de Literatura ou pai das expressões “cortina de ferro” ou “sangue, suor e lágrimas”, mas segundo o grande historiador John Lukacs “ele salvou a Grã-Bretanha e a Europa e a civilização ocidental”. Ele ensina de forma magistral o valor da liberdade. A ele, e àqueles jovens daquelas praias, o meu reconhecimento.

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