Se eu tivesse apenas uma sugestão para o Brasil, eu não teria dúvida: Liberdade Econômica.
Quer saber por que?
Você já deve ter ouvido falar deste restaurante abaixo.
Está espalhado por todo o mundo e os jovens vestem suas camisetas. Seu proprietário é uma grande corporação que também atua em outros diferentes negócios, como laranja, criação de gado, turismo ou florestas.
Sabe quem é o dono? Com certeza um capitalista ganancioso?
Errou.
O proprietário é a tribo indígena Seminole. Sim, índios são donos do Hard Rock Café e de tantos outros negócios. Donos, e donos com liberdade para usufruírem de seus bens.
Mas como no Brasil a política da Funai é apenas uma questão de território, a ironia é que os índios brasileiros representam 0,43% da população e detém 13% do território nacional, enquanto nos EUA eles constituem 0,93% da população e possuem apenas 5,72% das terras totais.
Apesar de terem um volume maior de terras, por não possuírem liberdade econômica, os índios brasileiros vivem em uma situação dramática. A questão indígena no Brasil se tornou um grave problema social não menos importante que a situação de brasileiros que moram nas favelas ou no semi-árido nordestino.
Acompanhei meu filho por quase 3 anos em um trabalho no Parque Nacional do Xingu e percebi que nem mesmo as lideranças tem qualidade de vida.
Embora mais da metade dos índios brasileiros já vivam fora das reservas, o programa desenvolvido pela Funai é preservacionista e não progressista. O conceito é o de preservar cultura e costumes, forçando estes cidadãos brasileiros a viverem como seus antepassados.
Em uma era pré-colombiana. Isto significa ficar fora do progresso e do bem estar em troca de um conceito romântico e ideológico. Aos índios deve ser dado o direito de utilizarem suas terras e seus bens como qualquer outro cidadão brasileiro. Obrigá-los a viverem sob a tutela da Funai é tirânico.
Hoje não podem nem arrendar ou explorar suas terras com manejo ambiental e preservação que a lei obriga. A ideia da Funai de abolir a propriedade privada é um mito, é um experimento que sufoca estes brasileiros em um tipo de vida de total dependência do governo.
A insistir neste modelo, o índio brasileiro tem um só propósito: sua existência neste estado apenas justifica as verbas e cargos da Funai. Nada mais!
Enquanto isto, o Hard Rock de Orlando estava completamente lotado. E mais da metade dos clientes eram de brasileiros que enriqueciam os Seminoles.