“Fatal paixão pela igualdade”.
Lord Acton
É impressionante a atração que a esquerda tem pela questão da igualdade. Todos os anos, em todos os cantos do planeta, eles realizam conferências sobre igualdade e clamam por maior igualdade, e ninguém desafia um princípio básico da humanidade: as pessoas são desiguais.
Na minha juventude, lembro-me dos comentários de minha mãe sobre a beleza estonteante de Elizabeth Taylor, vencedora de 2 “Oscar de Melhor Atriz”. Ela foi a primeira atriz a assinar um contrato milionário com uma produtora, para estrelar o filme Cleópatra.
Isto me lembrou a ultima The Economist, reforçando a existência de muitas pesquisas mostrando que a atratividade, ou pessoas atraentes, têm uma grande vantagem sobre pessoas pouco atraentes. Alguns economistas tem demonstrado claramente a existência do “prêmio de beleza”. A revista mostrou que os motoristas presos nos semáforos são mais lentos em buzinar se o carro da frente for de uma marca de prestígio.
Para reforçar, encontrei um estudo para quantificar as perspectivas socioeconômicas do Tinder, uma plataforma para encontros românticos, para homens com base na porcentagem de mulheres que “gostarão” deles (curtidas). Dados de uso do Tinder feminino foram coletados e analisados estatisticamente para determinar a desigualdade na economia do Tinder.
O coeficiente de Gini para a economia do Tinder, com base em porcentagens “similares”, foi calculado em 0,58. Isso significa que a economia do Tinder tem mais desigualdade do que 95,1% de todas as economias nacionais do mundo.
Explicando a tabela acima, um homem de atratividade média só pode esperar ser apreciado por pouco menos de 1% das mulheres (0,87%). Isso equivale a 1 “curtida” para cada 115 mulheres. A má notícia é que, se você não está nos escalões mais altos da atratividade (beleza), provavelmente você não terá muito sucesso no Tinder.
Greg Mankiw, professor de Harvard, escreveu sobre a vantagem que as pessoas altas têm sobre as pessoas baixas, chegando a brincar que o sistema de imposto de renda deve incluir um crédito de imposto para contribuintes baixos e uma sobretaxa de imposto para os altos.
Mas a continuar nesta luta contra a desigualdade, logo terá gente que acredita que governo possa de alguma forma compensar a loteria da sorte genética. Era como se uma jovem na época de minha mãe, por ser menos bonita, entrasse com uma ação contra Elizabeth Taylor, pois ela claramente discriminava os homens mais bonitos de sua época em detrimento de que estes homens estivessem namorando com ela. Ainda mais se lembrarmos que Elizabeth Taylor teve 8 casamentos!
No meu caso, eu então mereceria um subsidio por não ter os mesmos talentos futebolísticos de um Pelé.
O professor Robin Hanson, da George Mason, pergunta por que as pessoas preocupadas com a igualdade de renda não estão igualmente preocupadas com a igualdade de acesso ao sexo? Diz ele:
“Se estamos preocupados com a justa distribuição de propriedades e dinheiro, por que não assumimos que o desejo de algum tipo de redistribuição sexual é inerentemente ridículo?”
Para estes guerreiros da igualdade, é importante relembrar que a diversidade da humanidade é um postulado básico do nosso conhecimento dos seres humanos. Mas se a humanidade é diversa e individualizada, então como alguém pode propor igualdade como um ideal? O dia a dia da vida mostra quão inútil é esta bandeira ideológica.