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O legado de Helmuth Kohl

Há quase 30 anos, ainda na ansiedade típica da juventude, participei de um jantar que acabou se tornando uma grande lição.

Fui para conhecer um politico que implementava um amplo programa de privatização, vendendo ações da Volkswagen, da Veba, da Deutsche Lufthansa e que, pouco tempo antes, estava ao lado do Reagan na celebre frase pronunciada no Portão de Brandemburgo:

“Sr. Gorbachev, Derrube este muro!”


Em cerca de duas horas pude presenciar como são os verdadeiros líderes. São homens ou mulheres que alcançam novos conceitos. Tem a capacidade de reunir experiências, histórias e leituras, produzindo algo de valor universal a partir de seu cérebro. Pensam, extraem idéias novas!

Aprendi naquele encontro que a politica mundial será sempre configurada de acordo com as linhas culturais e civilizacionais, e não pelo alinhamento promovido pelo Estado. Sociedades unidas pela ideologia, mas divididas pela civilização se rompem, como foi com a União Soviética. Mas povos separados pela ideologia se juntam pela sua cultura.  Civilizações são as associações mais duradouras da humanidade, e este tipo de união resiste a qualquer experiência social ou ideológica imposta pelo Estado.

Por isso, há exatos seis anos, em 16 de Junho de 2017, o mundo ficava mais pobre. O mundo perdia Helmuth Kohl, a figura monumental que arquitetou a reunificação da Alemanha. Sendo um bom democrata cristão, há de se realçar:

“Helmuth… Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor.”

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