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Síria

“…quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.
…Então o povo se inclinou e adorou.”

Ex 12:23, 27

Meus dias na Síria foram marcantes. Aprendi com os cristãos sírios que as vezes o próprio sofrimento pode ser uma benção, pois ele nos alerta de que algo deve ser feito. Foram dias que ensinaram que preciso me inclinar mais e adorar mais.

A cidade de Zabadani é uma das cidades destruídas pela guerra. Ao mesmo tempo em que você vê as casas destruídas, é possível ver o monte Hermon. Lá conheci o Pr Fouad El Masri. Com a guerra civil a igreja ficou sem pastor, e Fouad, como presbítero, teve que assumir a condução da congregação. Como a guerra não terminou e ele já tinha feito teologia, foi ordenado pastor e lá continua servindo suas ovelhas. Fácil? Não, pois o Pr Fouad me fez entender como nunca o Sl 23. Deus não me livra do vale da sombra da morte, mas ele promete que estará comigo nas batalhas da vida,assim como Ele está em Zabadani com estes irmãos. Depois de um intenso combate de quase um ano e as casas completamente destruídas, o Estado Islâmico bateu em retirada, mas deixou escrito nas paredes de suas casas de maneira muito clara:

“Nós voltaremos para assassinar os infiéis.”

Eu provavelmente nunca vou escutar uma pregação do Pr Fouad, mas nunca deixarei de acreditar no que ele está fazendo. Eu e você não precisamos somente de mais sermões, mas necessitamos urgentemente de exemplos dignos da vida cristã.

Esta não é a melhor maneira, mas é a única que mostra realmente o que é o cristianismo. Jamais esquecerei a cena de uma Bíblia entre os escombros. Gente que apesar de tudo, continua em Zabadani.

Os símbolos religiosos são parte integrante de uma civilização. O Brasil é um país privilegiado, pois temos a cruz até em nossos céus. Mas em Zabadani a cruz tem outro significado. Nas casas dos cristãos o Estado Islâmico coloca um “C” ao lado de uma Cruz. É uma mensagem certeira do anúncio da morte. Eu não sei o motivo deste sofrimento do povo sírio, mas apenas sei que preciso
cada vez mais conhecer a Deus. A Síria reforça a necessidade de redefinir como enxergamos a vida. Através de lágrimas e sofrimentos aprendemos que realmente não somos daqui. Eu e você somos peregrinos, mas a todo o momento queremos construir nossas casas definitivas aqui. Há marcas da vida como no versículo acima. Há marcas da morte como esta em Zabadani. Não importa qual marca e não importa onde você está. O que importa é com quem você está. Como os irmãos da Síria, eu quero estar com Deus.

In nomine Jesu!

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