Desde os tempos de Hamã, no livro de Ester na Bíblia, a rotina de vida dos judeus tem sido Inquisição, crueldade, traições, expulsões rotineiras de seus países de nascimento, como foram no Brasil expulsos juntos com os holandeses. O anti-semitismo, infelizmente está vivo até mesmo nos dias de hoje.
Recentemente estive visitando os Campos de Concentração de Auschwitz, Treblinka, Birkenau, e Majdanek com Irving Roth, uma prova viva de que toda esta história dolorosa não foi capaz de destruir o espirito para viver uma vida justa.
Irving é um sobrevivente de Auschwitz.
Ele nasceu na antiga Checoslováquia, mas em 1939 com a ocupação pela Alemanha, a vida de Irving mudou drasticamente.
Um dia, quando chega na escola, ele encontra a seguinte placa:
“Judeus e cachorros são proibidos de entrar”.
As restrições contra os judeus vão aumentando e um primo se suicida.
Quando uma lei proibindo que qualquer judeu possa ser dono de seu negócio, seus pais perdem seu sustento, e os 11 membros da família fogem para a Hungria, pensando que ainda estariam seguras. A situação muda também na Hungria e eles fogem para as florestas. Depois de um tempo, são capturados e enviados para um Gueto judaico. De lá, em vagões de gado, eles são enviados para Auschwitz.
Irving perde toda a família na câmara de gás. Sua dieta em Auschwitz consistia em café preto pela manhã, uma xícara de sopa à tarde e um pedaço de pão à noite.
É uma história de vida que merece reverência!
O Holocausto foi o ato mais horrível da depravação humana do século XX – e um dos mais perversos de toda a história – e sua memória dolorosa é um lembrete gritante de que o mal floresce quando não é confrontado por bons homens e mulheres. Andar por estes Campos de extermínio em massa é pisar em milhares de cinzas de pais, mães, crianças, velhos. É entrar no maior cemitério de judeus do mundo. Não há palavras para descrever este encontro com a brutalidade destes lugares.
Mas o triste é que a memória desse fato horrível da história está desaparecendo rapidamente junto com os últimos membros sobreviventes das gerações que foram testemunhas oculares do assassinato em massa de seis milhões de judeus por Hitler.
Uma pesquisa feita nos EUA e Canadá descobriu que mais da metade dos jovens não conseguem nomear um único campo de concentração e dois terços destes millennials não reconhecem o nome de Auschwitz.
Essa falta de educação sobre o Holocausto nas atuais e futuras gerações é chocante.
É uma ignorância perigosa. É preciso ensinar vigorosamente o que se passou nestes campos para que isto não se repita. O antídoto mais poderoso para uma mentira é alguém que pode dizer com confiança:
“Eu vi a verdade com meus próprios olhos.”
É como Irving reforça: (Lembre-se e não se esqueça). Eu saí daqueles campos com esta mensagem gravada em minha memória. Você sai mudado, transformado e tocado pelas lições desta desumanidade sem fim. Melhor é relembrar um poema encontrado em Auschwitz, anônimo, como grande parte das milhares de vida que lá pereceram:
Diz assim o poema:
“Hoje não!
Amanhã eu fico triste… Amanhã! Hoje não.
Hoje eu fico alegre.
E todos os dias por mais amargos que sejam, eu digo:
Amanhã eu fico triste, hoje não!”
Veja o vídeo e conheça esta incrível história: