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Política sem romance

Hoje é o aniversário de nascimento de James Buchanan, um premio Nobel de Economia ausente na maioria de nossas universidades.

Ele é o fundador da Public Choice School, também conhecida como Escola da Virgínia. O que Buchanan fez foi transportar o estudo da economia para a política.

É uma teoria que deveria ser ensinada em todas as escolas brasileiras, pois rompe a crença ingênua e romântica de que o cidadão que troca sua vida civil por um cargo público se transforma de demônio em santo, ficando inteiramente comprometido com o “interesse público”.

Na realidade, esta teoria rejeita o hábito comum de assumir que as pessoas que atuam em ambientes políticos são impulsionadas por motivos mais nobres do que aqueles que impulsionam pessoas em ambientes comerciais.

O próprio Buchanan definiu que a escolha pública é a “política sem romance”.

Esse modo de pensar é um poderoso instrumento corretivo em um mundo que, com muita frequência, quase sempre, trata o poder político e os atores estatais como únicos, possuidores de atributos sobre-humanos como motivações perfeitamente altruístas, informações corretas e conhecimento perfeito das repercussões a jusante de suas intervenções positivas.

Ora, se assumirmos que as pessoas agem de maneira justa, o estado não é necessário em primeiro lugar.

Por outro lado, se assumirmos que as pessoas agem injustamente, devemos assumir que o próprio Estado também agirá injustamente.

Isso significa que o estado é necessário apenas em condições em que não podemos contar que seja justo.

Resumindo, nas palavras de James Buchanan;

“Muitas das atividades que são, por interpretação comum, aceitáveis dentro da escala da política moderna seriam classificadas como predatórias se realizadas nos mercados.”

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