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O tamanho do Estado sempre será um obstáculo ao progresso econômico

Quando a dinastia Bourbon foi restaurada ao poder na França no início de 1800 após a abdicação de Napoleão, o estadista francês Charles-Maurice de Talleyrand disse sobre aquela família: “Eles não aprenderam nada e não esqueceram nada”. Na linguagem econômica moderna, pode-se dizer a mesma coisa sobre os governantes atuais.

Sou de São José do Rio Preto-SP, às vezes chamada de “Califórnia brasileira”. Mas desconfio que isso não era um elogio, mas uma constatação da idolatria pelo Estado grande que hoje encontramos na Califórnia. Recentemente, foi publicado que o poder público é o maior empregador em 40 cidades da minha região. Para piorar, em 15 municípios, mais da metade dos empregos está diretamente vinculada ao poder público. Sim, este triste retrato não é de algum pobre e abandonado município do Nordeste, mas do rico e pujante interior paulista.

Para ter uma ideia melhor do desastre que vivemos hoje, somando os funcionários públicos de todas as esferas e de todos os poderes, o Estado Brasileiro tinha 11,3 milhões de funcionários no serviço público em 2021, de acordo com dados da PNAD. Ou seja, 12,45% da população calculada para a época. Ou, segundo dados do FMI disponíveis até 2018, ano em que o Brasil gastava 13,3% do PIB com pessoal. Nem mesmo França e Alemanha possuem um gasto com pessoal no mesmo patamar que o Brasil. Talvez, para ficar mais claro, seja melhor mostrar que isto é o dobro do que o país investe em educação, ou é 3,5 vezes o montante que o país gasta com saúde.

Se quiser entender por outro ângulo, cerca de 75% de tudo o que entra no caixa do governo federal hoje sai diretamente para o bolso de funcionários públicos, aposentados e beneficiários de programas sociais. O desalento de tudo isto é que quanto mais pessoas empreendedoras mudam para empregos públicos, o crescimento econômico desacelera e chega até a sua estagnação. Assim, podemos concluir que a alocação de talentos empreendedores entre governos e empresas é um dos determinantes mais importantes – mesmo que não o único – do desenvolvimento de uma economia. Pobre do país onde ainda grande parte de seus talentos procuram a sobra de injustificáveis privilégios (estabilidade, gorda aposentadoria, férias diferenciadas…) do emprego público. É a receita certa para o fracasso.

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