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A máquina de fazer pobres: como o Brasil se tornou refém da assistência

De longe, o Brasil está em seu período de maior transferência de renda.

Temos uma trajetória de aumento desses recursos nos últimos anos, de forma avassaladora.

E a cada ampliação desse tipo de política pública, pipocam cada vez mais fraudes em todos os programas.

A última denúncia é que hoje temos cidades com mais bolsistas do Pé-de-Meia do que estudantes.

Mas ontem foi publicado que cerca de 35% das famílias beneficiárias do Bolsa Família recebem o auxílio há pelo menos 10 anos.

Isso mesmo: por um período de 10 anos, mostrando que os brasileiros estão em uma rota perigosa de dependência do Estado.

Alagoas aparece em primeiro lugar, com 42,7% dos cadastrados em situação de longa permanência no programa.

Também acima dos 40% estão Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão.

A análise por municípios mostra que 576 cidades brasileiras têm metade ou mais de seus beneficiários no programa há pelo menos 10 anos, o que representa 10,3% do total de municípios do país.

Já em 2.687 municípios, esse índice ultrapassa 40%.

Tudo isso mostra o absurdo do programa.

Hoje, criamos uma máquina de fazer pobres, estimulando as pessoas a continuarem pobres.

Isso porque muitos políticos têm um realismo ingênuo: a crença de que os problemas sociais têm soluções simples — a ajuda estatal.

As pessoas que defendem tal crença parecem preocupar-se profundamente com um problema social.

Em vez disso, se reconheço a complexidade do problema, então parece que não me importo tanto com ele.

Mas é preciso dizer que essa não é a porta de saída da pobreza.

Repare que China, Coreia, Vietnã, Índia e outros tiraram milhões da pobreza sem Bolsa Família.

Mas foram bem-sucedidos na geração de empregos.

Nesse ponto, há vários estudos apontando indícios de que o aumento no Bolsa Família, nos últimos anos, pode ter tido efeito no mercado de trabalho.

Há sinais de que uma parcela da população desocupada tenha deixado de buscar emprego.

Já passou da hora de se colocar um tempo de permanência para cada participante!

Pior: dar uma bolsa aos desempregados não aumenta o “poder de compra”.

As bolsas apenas dividem o que já estava com a produção. “Poder de compra”, em si, é comércio. O aumento de produção é que aumenta o “poder de compra” e, portanto, cria empregos.

Quando um país se torna dependente de programas sociais cada vez mais hostis à geração de empregos, estamos perdendo o nosso leme moral e não conseguiremos mitigar as causas subjacentes à pobreza econômica.

Temos que antecipar o uso desses programas sociais, evitando a pobreza.

O único remédio para isso é emprego.

Políticas que estimulam o emprego significam cultivar a independência econômica de uma pessoa pobre.

E isso representa o nível mais elevado de caridade.

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