O desfile de drag queens representando uma paródia do quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, é o retrato fiel de como a França entrou em guerra com o seu passado cristão. A surpresa é que a França é a terra de Carlos Martel, que, em 732, liderou uma das mais épicas e brilhantes batalhas da história: a Batalha de Poitiers, na defesa do cristianismo na Europa.
Reforçando, Carlos Martel não é apenas o início da linhagem de conhecidos reis (seu neto foi Carlos Magno), mas ele será sempre lembrado como o homem que promoveu a ação que salvou a Europa do expansionismo muçulmano, e sua vitória é considerada decisiva para a história mundial, na medida em que preservou a Europa Ocidental da islamização. Melhor é recorrer ao historiador Edward Gibbon:
“A Cristandade continuou pelo gênio e boa sorte de um homem: Carlos Martel”.
Sorte?
De Toulouse, Martel observava que os muçulmanos estavam tomando grande parte da Europa e, convencido de que chegariam logo à França, começou a se preparar para as batalhas futuras. Ele acreditava na necessidade de um exército em tempo integral, treinando-o com um corpo de veteranos para habilitar os recrutas comuns para os tempos de guerra que se aproximavam. Durante a Baixa Idade Média, as tropas estavam disponíveis apenas após as cementeiras terem sido plantadas e antes da época de colheita.
Em sua visão de general e brilhante estrategista, Martel procurou entender o que seria necessário para se opor a uma grande força e a uma tecnologia superior (os cavaleiros muçulmanos possuíam estribos em suas montarias, algo desconhecido para os europeus). Portanto, Carlos Martel não titubeou em enviar seus poucos cavaleiros contra a cavalaria islâmica, pois tinha treinado o seu exército para atacar numa formação usada pelos antigos gregos para resistir a um número superior de armas pela disciplina, coragem e a aceitação de morrer por sua causa: a defesa do cristianismo.
Foi essa incorporação da cavalaria pesada blindada nos exércitos ocidentais que criou os primeiros “cavaleiros” do Ocidente. Dada a complexidade dos dias atuais, cuja desordem exige planejamento, técnica e estratégia para enfrentar novamente esse ataque ao cristianismo, como essa zombaria das Olimpíadas, onde está o nosso Carlos Martel?
Voltando aos estudiosos da História, Thomas Arnold classifica a vitória de Carlos Martel no seu impacto sobre toda a história moderna:
“A vitória de Carlos Martel em Tours foi um daqueles sinais de libertação que influenciaram por séculos a alegria da humanidade”.
Historiadores alemães são especialmente ardentes em seus elogios a Martel e em suas crenças de que ele salvou a Europa e a cristandade da conquista total do Islã. Já Schlegel fala sobre suas “poderosas vitórias” em termos de calorosa gratidão, e conta como “o braço de Carlos Martel salvou e livrou as nações cristãs do Ocidente da captura fatal e da destruição completa pelo Islã”.
Nos Países Baixos, Carlos Martel é considerado um herói. Especialmente na Alemanha, ele é reverenciado como um herói de proporções épicas. O já citado Gibbon chama aqueles oito dias em 732 de “os eventos que salvaram nossos ancestrais da Grã-Bretanha, e nossos vizinhos da Gália, do jugo civil e religioso do Corão”.
Dante Alighieri escreve sobre ele no Paraíso como um dos “Defensores da Fé”.
John H. Haaren afirma no seu livro Famous Men of the Middle Ages:
“A Batalha de Tours, ou Poitiers, como deveria ser chamada, é considerada uma das batalhas decisivas da história mundial. Ela decidiu que os cristãos, e não os muçulmanos, seriam o poder dominante na Europa. Carlos Martel é celebrado especialmente como o herói dessa batalha”.
Resumindo, Paul Akers diz para aqueles que abraçam o cristianismo, como você e eu:
“Vocês talvez reservem um minuto hoje, e a cada outubro, para dizer um silencioso ‘obrigado’ para um bando de alemães semi-bárbaros e especialmente a seu líder, Carlos Martel”.
Quem poderia imaginar que, na terra de um herói dessa envergadura, se passaria um episódio como esse exibido na televisão? Como muitas pessoas não sabem nada sobre Carlos Martel ou sobre a história do cristianismo, os valores cristãos são tratados de maneira desdenhosa na França nos dias de hoje.
Em vez de zombarem do cristianismo, os franceses deveriam voltar-se para as raízes do seu continente, para o leito original do cristianismo. Confiar no Senhor Jesus! Como estes antepassados confiaram. Como Carlos Martel. E aí poderão ficar tranquilos quando Deus perguntar:
“…Onde estás?”
Gn 3:9