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O Milagre de Dunquerque

Fiquei sabendo do filme “Dunkirk” no meio de um comercial de filmes, dentre eles o brasileiro “Pedro Malasartes”. Achei irônico o trailer do filme de um malandro brasileiro que se aproveita da boa vontade alheia estar ao lado da história do Desembarque de Dunquerque. Este é um dos raros eventos que explicam por que toda a Europa não fala alemão hoje em dia.

Você vai encontrar nos livros de História como o “Milagre de Dunquerque” ou um “mistério” até hoje para os historiadores da II Guerra Mundial. Alguns arriscam que foi um colossal erro estratégico, uma inexplicável reviravolta na estratégia alemã, um feito extraordinário… Sim, ninguém consegue explicar a história de como mais de 338.000 soldados britânicos foram arrebatados das praias da França em uma operação tão repleta de perigos que o sucesso só pode ser atribuído a uma milagrosa combinação de circunstâncias.

Com o rápido avanço de Rommel sobre a França e Bélgica com as poderosas divisões blindadas com Panzers e 117 divisões de infantaria, deu-se o que os estrategistas chamaram de pinças blindadas, com as tropas britânicas totalmente cercadas e a única saída seria o porto de Dunquerque. A meta mais otimista do oficialato inglês, deixando todo o equipamento militar para trás, era tentar repatriar 30 mil soldados.

Mas o que você não vai encontrar nos bancos escolares é que no domingo de 26 de Maio o Rei George VI pediu que fosse observado um Dia Nacional de Oração por aqueles soldados encurralados. A Grã-Bretanha recebeu esta liderança inspiradora naqueles dias, e o seu povo respondeu imediatamente quando esse tipo de iniciativa foi tomada. Toda a nação estava em oração naquele domingo.

E aí aconteceram uma sucessão de episódios que conseguiu trazer quase 340 mil combatentes de volta num dos eventos mais espetaculares da história.

O primeiro milagre
A primeira façanha foi que, por algum motivo – o que nunca foi completamente explicado – Hitler ignorou seus generais e parou o avanço de suas colunas blindadas no momento em que poderiam ter procedido à aniquilação do exército britânico. Eles estavam a poucos quilômetros de distância.

O segundo milagre
Uma furiosa tempestade sem precedentes invadiu Flandres na terça-feira, 28 de maio, aterrando os esquadrões alemães da Luftwaffe e permitindo que as formações do exército britânico subissem a pé à costa na escuridão da tempestade e a violência da chuva, com pouca interrupção pelas aeronaves, que não conseguiram operar em condições tão turbulentas.

O terceiro milagre
Apesar da tempestade em Flandres, uma grande calma – como raramente foi experimentada – se instalou no Canal da Mancha durante os dias que se seguiram, e suas águas ficaram tão quentes quanto uma lagoa de moinhos. Foi nessa calma extraordinária que permitiu uma vasta armada de pequenos navios, grandes navios, navios de guerra, pescadores – na verdade, quase tudo o que flutuava – para avançar e promover o resgate.

O quarto milagre
Mesmo que alguns esquadrões tenham conseguido decolar, parece que mais um milagre aconteceu. Várias tropas nas praias foram favorecidas com uma estranha imunidade. Quando cerca de 400 homens estavam sendo metralhados e bombardeados, sistematicamente, por cerca de sessenta aeronaves inimigas, um homem que se atirou com o resto informou que, depois que a disputa acabou, ele ficou surpreso ao descobrir que não havia uma única vítima.

Tão grato foi a nação por essa poderosa libertação que, no domingo, 9 de junho de 1940 foi designado como Dia de Ação Nacional de Graças. Os jornais escreveram que “as orações da nação foram respondidas”, e que “o próprio Deus dos exércitos havia apoiado os homens valentes da Força Expedicionária Britânica”.

Vários daqueles soldados depois dedicaram suas vidas ao Senhor. Um deles, o Rev. David E Gardner escreveu sobre este episódio com um livro intitulado The Trumpet Sounds for Britain. Com o milagre da libertação de Dunquerque, no próximo domingo, às igrejas cantaram o Sl 124:

“Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; as águas nos teriam submergido, e sobre a nossa alma teria passado a torrente; águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma. Bendito o SENHOR, que não nos deu por presa aos dentes deles.
Salvou-se a nossa alma, como um pássaro do laço dos passarinheiros; quebrou-se o laço, e nós nos vimos livres.
O nosso socorro está em o nome do SENHOR, criador do céu e da terra.
                         Sl 124:1-8

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