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Por que as nações fracassam: um reflexo do Brasil

Hoje, a Universidade de Chicago recebeu o seu 101º Prêmio Nobel.
Ela acaba de ganhar, junto com o MIT, o Prêmio Nobel de Economia, anunciado hoje.
A justificativa foi por estudos sobre “como as instituições são formadas e afetam a prosperidade”.

O mais importante é que dois dos economistas agraciados, Acemoglu e Robinson, são autores de um livro clássico chamado Por que as Nações Fracassam.

A conclusão deles é que as nações fracassam por força de leis que eles chamam de “extrativistas”.
Leis extrativistas são aquelas que enriquecem os grupos mais fortes à custa da extração de recursos dos grupos mais fracos.
Daí a expressão “extrativista”, que poderíamos chamar também de leis predatórias, injustas, perversas, em uma palavra: desumanas.
Resumindo, tratam-se de instituições cuja finalidade, em última instância, é extrair renda de uma camada da população para canalizá-la a outra.
Exatamente o que acontece no Brasil.
A Constituição de 1988 estabeleceu que os trabalhadores brasileiros têm direito a 30 dias de férias por ano, enquanto os juízes e promotores desfrutam de 60 dias, mais 15 de recesso.
Para piorar, há outra lei que garante que um juiz condenado em todas as instâncias por corrupção e má conduta é “apenado” com uma régia aposentadoria até o fim da vida, com salário integral.
Já um empregado que é despedido por justa causa recebe apenas as verbas rescisórias.
A CLT não lhe dá direito sequer ao seguro-desemprego.

Por isso, infelizmente, eu não consigo encontrar nenhum exemplo melhor para o livro Por que as Nações Fracassam do que o nosso Brasil!
Um aspecto interessante do Nobel deste ano é que quase todo o trabalho desses autores é acessível ao público porque foi difundido principalmente por meio de livros populares, em vez de artigos acadêmicos.
Os livros The Economic Origins of Dictatorship and DemocracyWhy Nations Fail e The Narrow Corridor já foram traduzidos e são todos muito legíveis, voltados diretamente ao público em geral.
Será que ninguém em Brasília poderia passar em uma livraria para comprá-los?
E, principalmente, lê-los?

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